25 maio 2022
Oficina “Introdução ao Pensamento Computacional” na E.M. Abel Martins, em Mosqueiro
24 maio 2022
NIED no 3º Encontro de Iniciativas Criativas e Tendências para a Educação ao Redor do Mundo
Desafios e possibilidades das políticas de informática educativa no município de Belém, apresentadas no evento |
23 maio 2022
PREGUIÇA DE APRENDER OU EVOLUÇÃO DA LÍNGUA?
A língua portuguesa sempre foi conhecida por sua complexidade na aplicação das normas gramaticais.
A formalidade da nossa língua é, para bem poucos, status; para outros, objeto de desejo; e, para muitos, uma meta inalcançável.
Naturalmente, talvez por conta da necessidade de facilitar ou acelerar a comunicação, grupos de pessoas criam variações linguísticas que “desrespeitam” a norma culta de escrever e de falar.
Dentre essas variações, influenciada diretamente pelo avanço do uso de bate papos virtuais ou redes sociais, está o internetês: uma linguagem utilizada no mundo online, mas que tem interferido significativamente no modo de escrever do mundo offline.
Se você ainda não conseguiu visualizar o que estamos falando, observe a ilustração de um diálogo abaixo realizado através do WhatsApp:
Conseguiu decifrar? Não? Então já está na hora de você dar um "up" no seu dicionário. Agora, se sua resposta foi "sim" e você achava que não sabia, mas conseguiu compreender o diálogo, mesmo que tenha tido um pouco de dificuldade, acaba de perceber que não só conhece o internetês como, certamente, também o usa. Afinal, quem nunca apelou para abreviação das palavras durante um bate papo virtual, hein?!
Utilizada principalmente por crianças e adolescentes, o internetês é uma linguagem simplificada e informal que surgiu no ambiente da internet através de emoticons, acrônimos, abreviações e ortografia adaptada.
Sua origem está atrelada à necessidade de aumentarmos o nível de pessoalidade (intimidade) do diálogo e darmos mais agilidade à nossa comunicação. Afinal, na internet, em se tratando de tempo, menos é mais.
ESCRITA FORMAL VS INTERNETÊS
A educação de crianças e adolescentes, expostos diariamente a esse tipo de linguagem, é o debate mais importante.
A aprendizagem da língua, para muitos profissionais da educação, é fortemente afetada por isso, uma vez que ela acontece, também, através da repetição.
Com isso, com o uso recorrente das palavras escritas de forma “errada”, os jovens aprenderão a escrever errado também.
Outros profissionais da educação, no entanto, acreditam que este fenômeno linguístico veio pra ficar e, por isso, representa uma evolução no uso da linguagem.
Um belo exemplo disso é a evolução da palavra “você”: 'vossa mercê >vossemecê >voss'mecê >vomecê > vom'cê >vômcê >você'.
Uma solução para esta problemática é levar o debate para dentro de sala de aula. Mas, para isso, é necessário que nós professores também estejamos lincados a esta nova linguagem.
UMA QUESTÃO DE OPINIÃO
Quando colocamos em pauta o assunto língua portuguesa é muito difícil estabelecer o que é certo ou errado. Quem define isso é o contexto em que estamos inseridos.
Escrever na internet com estilo o da Clarice Lispector não funciona. Assim como não se deve “ixcrever axim” numa prova ou no currículo.
Obviamente, então, o internetês não é apropriado para ser usado em todas ocasiões. Há hora e lugar para usá-lo. E, por isso, é necessário que os jovens aprendam, também, a escrever de acordo com as normas.
Continue praticando seu internetês! Para além disso, aproveite e dê sua opinião sobre o assunto e, em nossas redes sociais, compartilhe conosco expressões que você já usa para facilitar a vida online.
10 maio 2022
Nied no Circuito de Saberes e Artes Curupira Vira Mundo, E.M. Olga Benário
O indivíduo isolado não existe, mesmo quando estamos sós os outros nos acompanham internamente (Nelma Aragon)
Atendendo às demandas de parceria da Escola Municipal Olga Benário, o Nied articulou oficinas de multilinguagens propostas pelo Circuito de Saberes e Artes Curupira Vira Mundo.
Oficina de Fotografia ministrada pelos professores Antonio Sales e Leandro Araújo |
Biblioteca da E.M. Olga Benário no bairro Águas Lindas |
Com o tema "Histórias do meu bairro, histórias de mim", o Circuito foi idealizado pela E.M. Olga Benário a partir da perspectiva de projetos pedagógicos interdisciplinares, tornando a escola um território que articule os saberes escolares - disciplinares ou não - a arte e a cultura.
A temática impulsiona o debate sobre a localidade em que a escola se insere, fomentando recursos pedagógicos do processo ensino aprendizagem e trazendo possibilidades de intervenções pedagógicas junto à comunidade, aos alunos e escola.
Registro realizado por educanda cursista da Oficina |
O território da escola, localizado na Comunidade Olga Benário, no bairro de Águas Lindas, foi onde funcionou, por décadas, o “Lixão do Aurá”. O bairro também faz limite com o Parque Ambiental de Belém, no qual estão os lagos Água Preta e Bolonha que abastecem de água potável à capital paraense. O referido parque, no entanto, pouco oferece aos moradores de Águas Lindas, sendo um espaço nada atrativo e que sofre constante degradação. Pautar a questão ambiental é estratégico para a escola, para a cidade de Belém e para o planeta.
O projeto também tem como objetivo trabalhar a linguagem artística, principalmente, a audiovisual, levando em consideração a alta produção de vídeos por youtubers e as habilidades com que nossos alunos têm acesso a equipamentos que permitam a criação de seus próprios vídeos, podcast, cartazes, exercitando a criatividade e a imaginação, sendo autores e não só consumidores na internet. Neste sentido, o Oficina de Fotografia Digital foi realizada dia 09/05/2022 por Antônio Sales e Leandro Araújo, professores formadores do Nied, nos turnos da manhã e da tarde.
Educandos da comunidade escolar da E.M. Olga Benário na Oficina |
Em mais uma etapa do projeto, o tema da Robótica Sustentável foi trabalhado em oficina realizada no dia 23/05/2022 pelos formadores Lennon Pereira e Thiago Miranda. A formação aborda a programação e a resolução de problemas como alicerces da aprendizagem, envolvendo estratégias para uma postura investigativa, criativa e problematizadora por parte dos educandos.
Oficina de Robótica Sustentável na E.M. Olga Benário |